segunda-feira, 7 de março de 2011

Suave Amor


E quando o vermelho

tingir o coração da alma,

enxergarei o seu rosto

expresso em felicidade.

Ficarei perdido num espaço

entre a realidade e a ilusão.

Talvez quisesse, nesta hora,

ser pintor e desenhar tua imagem.

Usaria de muitas cores,

mas todas em tons claros.

E o papel deixaria

de ser algo físico para ser etéreo.

Seria a pétala de rosa,

seria a asa da borboleta, sei lá...

Algo de tão delicado

que haveria de parecer frágil.

Mas qual engano,

traria um segredo guardado,

num jogo onde a brincadeira é viver.

Mostraria a ilusão

da força frente à fragilidade.

Seria plenitude da delicadeza

e nem por isso frágil.

Iria me assustar

com tamanha firmeza de tua paz.

E eu, sem ter o que dizer,

me envergonharia de minha guerra.

O coração bateria mais forte

e a poesia correria pelas veias.

E a inspiração tomaria

cada célula de meu corpo,

cada átomo de minha alma.

E haveria de apenas ser,

para estar em ti,

para divagar no teu existir.

Existindo em ti,

para, então,

sobreviver em mim.

Gilberto Brandão Marcon

Nenhum comentário: