sábado, 19 de junho de 2010

Que dor, que pétala, que flor!






Coloco a mão no peito


Bem onde dói e choro


Essa dor ressentida dos dias


O que doerá sempre e nunca brandamente


No balanço das horas findas


A minha dor


A minha pétala


A minha flor


Esse sopro no abismo


Que flutua dentro de mim.


E rezo


Como se beijasse


A indelicadeza das horas.


Cida Almeida

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